sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pois é... não somos iguais!!!

Tenho lido, e ouvido, muita coisa sobre um "novo debate antigo"! São opiniões, conceitos e paradigmas acerca do ideal de igualdade!
Pois é... não somos iguais! Apesar de nos parecer muito quando choramos, rimos, nos apaixonamos ou perdemos alguém, ainda assim, somos muito diferentes!
No ambiente de aprendizagem, estas diferenças sempre foram motivo de conflitos desgastantes, por causa da diferença de repertório de cada aprendente, sua origem, ética familiar e visão única de mundo.
Alguns educadores podem acreditar que um "cenário perfeito" seria o de uma turma homogênea, 100% alinhada, com mesmo repertório, mesmos pensamentos! Mas como diria Walter Lippman, cuja frase me foi apresentada por um amigo educador:
"Quando todos pensam igual é porque ninguém está pensando."
No processo de educação apreciativa, as diferenças têm seu valor! Lidar com elas requer um exercício de apreço e pré-visualização para saber como utilizadas de maneira produtiva. Em 2008 nós criamos um modelo, para orientar os intervencionistas na missão de projetar as experiências de aprendizagem, dando-lhe o nome de Processo de Criatividade Relacional, ou PCR. Para cada uma destas letras existe um exercício, veja como funciona:

  • "P" de Participantes :: Visualize e esquematize, seja através de listas, mapas mentais ou desenhos, as principais características de sua turma (idades, origens, brincadeiras, religião, etc.) e extraia destas informações os seguintes conhecimentos:
  1. Linguagem: Perceba a comunicação diária, expressões, significados, gírias e composições. Surpreenda-os fazendo relações entre a linguagem da turma e a utilizada pela disciplina. E o mais importante, utilize esse conhecimento para que a sua comunicação seja melhor percebida e gere maior impacto!
  2. Dinâmica: Observe o comportamento da turma, seus hábitos, forma de se organizarem, dificuldades e potenciais, buscando compreende-la para utilizar estes elementos a favor do processo de aprendizagem!
  3. Vivência: Respeite as experiências e realidades de cada participante. Pode parecer difícil, mas o simples fato de você escolher bem um exemplo para materializar uma matéria passa por reconhecer a realidade da criança ou jovem!
  • "C" de Conteúdo :: Quando preparar o conteúdo de uma aula para a turma, procure imaginar onde e em que momentos do cotidiano este conhecimento se faz presente, de maneira concreta, e até corriqueira. Esta é a essência do Conceito Relacional, baseado na Aprendizagem Significativa de David Ausubel, que propõe que todo o conteúdo precisa ter significado para o estudante!
  • "R" de Resultado :: Por fim, além do significado, toda informação se torna conhecimento pela prática, através de seu exercício. Talvez nosso maior desafio seja demonstrar aos nossos estudantes qual a aplicação concreta para cada conteúdo, dando a eles uma visualização de futuro, para que reconheçam, também, a importância!
De maneira simples, basta imaginar que é preciso reconhecer quem são os estudantes, especialmente suas diferenças, exatamente para saber de que maneira relacionar o conteúdo da aula com os significados dos diferentes repertório, ao mesmo tempo em que se demonstra suas aplicações na vida real!
Este modelo é utilizado pela ApreciAto para o desenvolvimento das experiências de aprendizagem nas organizações em que atuamos, com excelentes resultados!
O PCR, enquanto modelo, funciona como exercício de apreciação, ajudando o educador a criar elementos que tornem sua aula mais concreta e, por que não (!?), mais atraente para os aprendentes!
Pense só... Descobrir como dar significado às disciplinas, conteúdos e projetos pedagógicos, de maneira que o estudante se empodere não apenas do conhecimento, mas também do processo!
Queremos muito contribuir! Se você, educador, tiver dúvidas, ou quiser compartilhar um desafio para que nós possamos oferecer ideias e opções de iniciativas, basta escrever aqui nos comentários! Será um grande prazer construir novos saberes com a colaboração de todos vocês!!!

Rafael Giuliano,
acreditando que conhecimento se constrói fazendo. E que se faz melhor quando em colaboração!!!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O papel de "Incentivar"!

Nos meus diálogos com educadores, a maioria relata que a dimensão do Interagir sempre é a mais dinâmica, especialmente pelo fato de que não estamos habituados a "inquerir" tanto nossas turmas, e acabamos nos surpreendendo com as descobertas que fazemos!
Já na dimensão do Intervir sempre surgem mais dúvidas, pois focar na solução, às vezes, parece mais difícil do que realmente é. Da mesma maneira como pode parecer complicado compreender a diferença entre "provocar a reflexão" e a mera ação de repreender! Quando o desafio está em utilizar as palavras de uma maneira que valorizem o aprender.
O Incentivar, nosso terceiro "I", vem com uma proposta de um momento ainda mais lúdico, tanto para os educadores quanto para os estudantes, pois explora diferentes maneiras de provocar uma visualização do futuro!
Imagine que você está realizando uma tarefa que faz parte de um grande trabalho que requer anos... Porém a parte da qual você está cuidando parece muito pequena perto do todo, como se não fizesse nenhuma diferença, até porque você não compreende qual o valor desta pequena parte em algo que vai demorar tanto para se concluir...
Pois é, assim pensam alguns estudantes quando falamos sobre provas, trabalhos de pesquisa ou, simplesmente, da importância da sua presença em sala de aula. Eles não compreendem, muitas vezes, como esta pequena parte (prova, trabalho, participação, etc.) pode impactar nos onze anos de estudos necessários para se formar! E eu estou falando deste comportamento observado em crianças nos primeiros anos e, inclusive, em alguns jovens adultos no meio da faculdade.
Por este motivo, tornou-se tão importante o exercício de visualizar o futuro, permitindo ao estudante perceber as conexões entre os diferentes saberes, construindo seus próprios significados entre o que ele já sabe, o que está aprendendo e como irá usar tudo isso junto! ;-)
Incentivar requer que você, educador, esteja presente, para que o aprendente reconheça que vocês dois estão "juntos nessa", lado a lado!
Cada conquista deve ser valorizada, demonstrando sua importância para o próximo passo! Mais do que fazer elogios à inteligência, ou comemorações sem sentido, valorizar é demonstrar (explicar mesmo) para o estudante qual é o valor desse novo aprendizado adquirido! Onde ele se encaixa, qual seu significado (sugira alguns...) e sua importância.
Por fim, estimule que ele, o estudante, se veja no futuro, num exercício de imaginação, envolvendo os conteúdos e conhecimentos trabalhados. Para isso sugiro a seguinte atividade lúdico-cognitiva, inspirada numa dinâmica utilizada nas Investigações Apreciativas (David Cooperrider):

  • Nome: Manchete de Futuro!
  • Conceito Relacional: proponha aos aprendentes imaginar sua vida, alguns anos no futuro (sugira o ano após a conclusão dos estudos, alguma etapa, ou curso). A partir daí, crie uma situação em que todos, neste futuro, estejam numa certa manhã, lendo o jornal de maior circulação e, logo na capa, há uma "machete" com o nome de cada um escrito! O que está escrito nesta manchete? Do que se trata a matéria que fala sobre você? O que você conquistou que lhe fez merecer um destaque desses no jornal!?
  • Dinâmica da Atividade:
      1. Apresente o Conceito Relacional e as convide a pensar no que pode ter acontecido para surgir uma matéria a seu respeito;
      2. Proponha que o conteúdo da aula, ou disciplina, esteja relacionada com este fato. Portanto, a manchete deve dizer algo a esse respeito; (Ex: numa aula de ciências naturais, um menino de 09 anos descreveu que ele estava recebendo um prêmio por descobrir como salvar a Mata Atlântica com o reflorestamento);
      3. Quando os estudantes já tiverem escrito suas manchetes você pode propor que eles as apresentem em pequenos grupos, não para a "comparação", e sim para descobrir sinergias e interesses comuns entre eles;
      4. Em pequenos grupos, peça que as manchetes sejam somadas e transformadas num única notícia, que envolve todo os membros do grupo,  para ser apresentada;
      5. Proponha diferentes formatos de veículos de comunicação (jornal impresso, telejornal, rádio de notícias, Twitter e outros meios digitais) para os grupos, a fim de que eles escolham como dar a manchete para a turma!
  • Mediando a Aprendizagem: O foco desta atividade lúdico-cognitiva é o de fazer com que os participantes explorem suas perspectivas e sonhos em relação ao futuro, envolvendo os conhecimentos trabalhados em sala de aula. Por isso, durante a escrita da manchete é tão importante frases que estimulem essa percepção. Apenas cuidado com os exemplos (eles adoram exemplos "prontos"). Além desse propósito, é possível trabalhar a linguagem verbal, escrita, a não verbal, entre tantas outras competências exploradas numa apresentação.
Incentivar estudantes a sonhar com seu próprio futuro, e relacioná-lo com os novos saberes adquiridos, pode parecer algo simples... e o é! Por isso mesmo é tão poderoso e funciona tão bem!
Incentive mais, compartilhe seus próprios sonhos relacionados ao que você aprende todos os dias com eles!
Lembre-se exercitar, consigo mesmo, os 3Is, afinal de contas, como já diria Johm Ruskin:
"A maior recompensa para o trabalho de uma pessoa não é o que ela recebe por ele, mas o que ela se torna através dele!"


Rafael Giuliano,
sempre buscando incentivar as pessoas a acreditar no futuro para agir no presente!

quarta-feira, 28 de março de 2012

A essência de "Intervir"!!!

Na última segunda-feira, dia 26 de março, realizamos a primeira Intervenção Apreciativa deste ano, ligada ao Programa ATOSocial, retornando à Escola Municipal Coronel Durival de Brito e Silva, para um novo encontro com a segunda turma de educadores que conheceram um pouquinho do método e sua aplicação em sala de aula!
O foco continua sendo a abordagem dos 3Is - Interagir, Intervir e Incentivar, como proposta para resgatar o valor da mediação numa aprendizagem significativa!
E hoje, dando continuidade a última postagem, em que falamos do Interagir, queremos compartilhar com vocês a nossa proposição sobre o segundo "I", o Intervir!
A essência do Intervir está em orientar! A expressão significa "tomar parte voluntariamente, meter-se de permeio [...] Ser ou estar presente"!
Para nós, trata-se da maneira como o educador mostra o caminho para que o aprendente gere autonomia e corresponsabilidade com seu processo de aprendizagem, individual e coletivo!
Faz parte do ato de intervir, reconhecer os acertos e transformar os "erros" em novas oportunidade de se aprender, ressignificando-o como sendo uma etapa valorosa da construção de conhecimento!!!
O ato de intervir pode ir além dos conteúdos relacionados às disciplinas. O educador precisa reconhecer que pode contribuir de maneira decisiva na formação cidadã do aprendente, através da orientação, ou da reflexão, sobre determinadas situações cotidianas, acrescentando valor (apreço) ao olhar da criança ou do jovem!
Vejam, por exemplo, esta atividade lúdico-cognitiva projetada pela ApreciAto para trabalhar a reflexão e mudança atitudinal sobre diferentes situações diárias, nos ambientes organizacionais e familiares:

  • Nome: Reagir | Agir | Prevenir
  • Conceito Relacional: apresente aos aprendentes a ideia de que nosso cérebro se parece muito com um computador, no qual podemos "programar" nossa maneira de SER, de acordo com nossas decisões e escolhas! Então, explique que para tudo o que acontece conosco, no dia a dia, seja uma dificuldade de aprendizagem ou algo que nos entristece, há sempre uma Reação (a primeira impressão ou percepção, a careta, o susto, a raiva...) e uma Ação (aquilo que, de maneira consciente, decidimos fazer). Então, os desafie a "REprogramar" seus cérebros de maneira a Reagir e Agir de maneira mais apreciativa, valorosa. E feche com a provocação do que pode ser feito para Prevenir que esta situação não aconteça mais!
  • Dinâmica da Atividade:
      1. Apresente o Conceito Relacional e as convide a "REprogramar seus computadores"!
      2. Entregue às crianças três folhas em branco, e peça que escrevam no alto (cabeçalho) de cada uma delas os títulos Como Reagir, Como Agir e Como Prevenir (um para cada folha);
      3. Imagine uma situação problema, algo que, quando ocorre, provoque reações negativas. Você pode provocar um diálogo apreciativo para que, junto com a turma, reconheça qual pode ser esta situação. Se desejar, peça que eles imaginem algo do seu dia a dia, porém, oriente para que seja algo relacionado à escola, para não incorrer no risco de resgatar memórias muito negativas, além de nossa capacidade de intervir;
      4. Descrita a situação problema, desafie os aprendentes a propor diferentes formas de Reagir e Agir nestas ocasiões, além de pedir que eles proponham maneiras de Prevenir estes "problemas";
      5. ATENÇÃO!!!:  Aqui é que a coisa fica mais interessante! Quando eles estiverem prontos para começar você (educador) dirá que existe apenas uma regra: "Nossos computadores (os cérebros) só podem ser reprogramados através de imagens", portanto, as dicas de como Reagir, Agir e Prevenir deverão ser demonstradas com desenhos, sempre assertivos (afirmativos), ensinando COMO SE PODE FAZER!
  • Mediando a Aprendizagem: Enquanto os aprendentes criam seus conceitos e desenhos, faça pequenas provocações, sempre através de perguntas, fazendo-os refletir sobre suas proposições! É comum as crianças representarem o que elas fariam (negativamente), especialmente na hora de demonstrar o Como Reagir. Foque que o desafio é demonstrar o COMO SE PODE FAZER, trazendo a reflexão para o reforço da atitude apreciativa (de valor)!
Sem dúvida, um educador pode se surpreender com a percepção de cada um dos aprendentes, da mesma forma como eles também se surpreenderão com as inúmeras maneiras de lidar com seus "problemas" cotidianos, com mais apreço!
Se tiver alguma dúvida nos escreva (veja em Faça Contato!!!), experimente a atividade lúdico-provocativa e compartilhe, aqui nos comentários, sua experiência de aprendizagem!!!
Na próxima postagem, falaremos sobre o Incentivar no processo de aprendizagem!




Rafael Giuliano,
acreditando no potencial dos educadores para orientar e estar presente na formação dos futuros cidadãos!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Para começar 2012 interagindo mais com nossa turma!

Mestres, educadores ou orientadores, não importa o nome que lhe seja dado, se sua missão é inspirar pessoas a serem melhores, você está no lugar certo!
O ano de 2012 foi escolhido pela equipe da ApreciAto, como o ano da colaboração! Por isso queremos compartilhar parte de nossa experiência, o método das Intervenções Apreciativas e algumas atividades lúdico-cognitivas, a fim de contribuir com um novo modelo de abordagem, sem interferência em seus conteúdos.
Bem, para começo de conversa é preciso entender a essência deste modelo de abordagem apreciativa, exatamente pelo conceito do que é "apreciar".
A expressão, de acordo com nosso amigo Aurélio, significa "dar apreço, merecimento". Para nós, resume-se a dar valor. Num processo de aprendizagem, é reconhecer o valor da experiência do outro para potencializar a geração de conhecimento.
Quando falamos, especificamente, dos processos de aprendizagem, sabemos que apreciar pode ser um desafio constante, por isso criamos o processo dos 3Is - Interagir, Intervir e Incentivar, com o objetivo de instrumentar e orientar educadores nesta nova maneira de fazer educação.
Nosso primeiro "I", o Interagir, propõe que todo o facilitador, mediador, orientador ou simplesmente educador no processo de aprendizagem precisa conhecer os participantes, chamados por nós de aprendentes, da mesma maneira como um aprendente pode conhecer os demais, reconhecendo potenciais e interesses comuns para articular parcerias no decorrer do seu aprendizado.
Conhecer bem os aprendentes, permitindo que eles também se reconheçam, pode ser uma tarefa bem divertida. Experimente a seguinte atividade provocativa:

  • Nome: Quem é você!? E o que MAIS!?
  • Conceito Relacional: explique aos participantes que se trata de um trabalho "investigativo", cuja missão é descobrir o quem são, de verdade, nossos companheiros de aprendizado!
  • Dinâmica da Atividade:
      1. Peça que as crianças olhem todos ao seu redor, observando bem as pessoas;
      2. Então, cada um deverá escolher um pessoa para formar uma dupla, considerando apenas um critério: "a pessoa escolhida deve ser a mais diferente possível de você". Considere dizer que este é o desafio, pois "investigar" um amigo seria algo muito fácil;
      3. Formadas as duplas, peça que eles escolham quem irá começar a "investigação", determinado com eles quem será o número #1 e o número #2;
      4. O #1 começa fazendo as pergutnas para que o #2 responda. A primeira pergunta é a fácil: "Quem é você!?". Dê um exemplo, escolha um aprendente e demontre, orientando o #2 de que a resposta deve ser objetiva e curta;
      5. Assim que o #1 ouve a resposta, deve imediatamente lançar a segunda pergunta, considerada a "pergunta mágica""E o que MAIS!?". A proposta é que, para cada "e o que mais!?" o #2 deve dizer algo a seu respeito;
      6. Permita que o #1 tenha o tempo suficiente para ouvir muitas respostas, então passe para o #2 começar a realizar as perguntas, para conhecer o #1;
      7. Experenciada esta primeira etapa, você passa a repetir o processo com novas duplas, formadas de maneira aleatória, podendo imprimir a ideia de velocidade de um jogo, anunciando um sonoro TROCA para a troca entre o #1 e o #2, seguindo de um sonoro TROCA DE DUPLA para a formação de um nova dupla e a retomada do jogo!
  • Ideia Diferente:  realizado o jogo, você pode provocar novas perguntas, como por exemplo "O que você mais gosta em sua vida? ", "Com o que sonha!?", "Com que deseja trabalhar, ou criar!?". Todas são provocações apreciativas que contribuem para que os aprendentes se conheçam, e ao educador a chance de trazer exemplos e direções na abordagem que instigue os interesses, individuais e comuns, dos aprendentes!
Se tiver alguma dúvida nos escreva (veja em Faça Contato!!!), experimente a atividade lúdico-provocativa e compartilhe, aqui nos comentários, sua experiência de aprendizagem!!!
Nas próximas postagens, falaremos um pouco mais sobre os 3Is e os Pilares das Intervenções Apreciativas.

Rafael,
acreditando no potencial da educação através da valorização de educadores e aprendentes!

domingo, 8 de janeiro de 2012

2012... um novo recomeço!

Olá Educadores!
Estamos preparando o primeiro post deste ano, pesquisando uma potencial atividadade lúdico-cognitiva para você dar as boas vindas às suas tumas de aprendentes neste novo ano!
Fique conectado, aguarde as novidades do programa ATOSocial.
Até breve...


Equipe de Colaboradores do Programa ATOSocial!